A partir de 1750, começa a era da produção industrial, das máquinas e da energia a vapor: tudo isso se faz representar também na arquitetura. As construções definitivamente passam a ser voltadas à praticidade, rapidez e economia de tempo e dinheiro.
Após a Revolução Industrial, as pontes passaram a ganhar o destaque que até então cabia às catedrais na arquitetura. Construir pontes para transpor vales e rios era essencial para fazer a economia acelerar. Modelos construídos em arco, utilizando o ferro, tornaram-se a ordem do dia a partir de 1779, quando foi construída a Ironbridge (ponte de ferro), em Coalbrookdale, Inglaterra, eliminando a necessidade de utilizar balsas para cruzar o Rio Severn, o que custava muito tempo às indústrias da região.
Na Inglaterra, desde o fim do século XVII, investiram-se em novas técnicas de se produzir ferro em larga escala. Em 1707, em Coalbrookdale, a primeira alternativa viável foi obtida quando Abraham Darby patenteou um método de produção de postes de ferro usando fornalha a combustão. O ferro revolucionou as construções, fazendo com que fosse possível produzir estruturas mais leves, sem paredes internas e com janelas enormes. E o melhor: em menos tempo.
Mas o ferro era corrosivo e não era forte o suficiente para atender as necessidades da Revolução Industrial. A solução surgiu em 1855, quando Henry Bessemer patenteou um novo tipo de fornalha que permitia a produção de aço (espécie de “ferro mais resistente”, obtido em fusão com liga de carbono) em escala industrial. Pouco depois, em 1870, começou a construção da Brooklin Bridge, a primeira ponte no mundo feita de aço. Na época, era também a maior de todas as pontes suspensas: 50% mais longa do que as que já existiam. Desde então, o aço passou a ser um dos materiais mais usados na construção de grandes pontes.
Diferentes tipos de concreto foram inventados ao longo dos tempos, mas somente no século XVIII os ingleses conseguiram desenvolver um tipo de fácil produção e que pudesse ser disponibilizado em escala industrial. A utilização do material em grandes obras era um pouco limitada, até que, no final do século XIX, ele passou a ser despejado sobre varas de aço. Surgiu, então, o concreto armado, que permite a construção de grandes estruturas, pois suporta muito bem o empuxo, sem desmoronar. Ao longo do século XX, ele se tornou o principal material para a construção de pontes.
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