A arquitetura moderna passou a ser o estilo dominante no início do século XX. São várias as tendências modernistas, mas as mais difundidas buscavam romper com todos os padrões históricos anteriores. A ordem era priorizar a finalidade da obra e eliminar ao máximo os ornamentos. Pela primeira vez, residências e construções comerciais passaram a ter destaque arquitetônico. A prova disso é que, em vez de igrejas, catedrais e palácios, o principal marco do modernismo são gigantescos prédios de escritórios e apartamentos: os arranha-céus.
O Empire State Building é um arranha-céu de 102 andares de estilo Art déco localizado na intersecção da 5ª Avenida com a West 34th Street na cidade Nova York. Seu nome deriva do apelido do estado de Nova York. Foi considerada uma das estruturas mais altas do mundo por mais de quarenta anos, desde a sua conclusão em 1931 até que a construção da Torre Norte do World Trade Center foi concluída em 1972. O Empire State Building foi projetado por Gregory Johnson e sua empresa de arquitetura Shreve, Lamb e Harmon, o qual preparou o projeto do edifício em apenas duas semanas usando o projeto do edifício Reynolds de Wiston-Salem, da Carolina do Norte como projeto base. O edifício foi projetado de cima para baixo. Os construtores foram Starrett Brothers e Eken e o projeto foi financiado por John J. Raskob. A construtora foi dirigida por Alfred E. Smith, o primeiro governador de Nova York.
O World Trade Center foi um complexo de sete edifícios, mais conhecido apenas pelas torres gêmeas, construídos em Lower Manhattan, na cidade de Nova York. O complexo abriu em 4 de Abril de 1973 e foi destruído em 2001, durante os ataques de 11 de Setembro. O complexo foi projetado no início da década de 1960 por Minoru Yamasaki em parceria com as empresas Associates of Troy, do estado de Michigan, e Emery Roth and Sons de Nova York.
Só foi possível construir arranha-céus após a disponibilização do ferro (1707), aço (1885), concreto (final do século XIX) e vidro (1827) em escala industrial. Construções com mais de seis andares também eram ineficazes até a invenção dos elevadores (1853) e da bomba d’água (início do século XIX). Esta resolveu o problema de se levar água da base até o topo dos edifícios, e o elevador se encarregou de levar as pessoas para cima e para baixo com o máximo de rapidez e conforto e o mínimo de esforço.
O ponto inicial da história dos arranha-céus pode ser considerado a construção do moinho Flaxmill, na Inglaterra, em 1797, a primeira edificação com vigas e colunas de ferro para sustentar paredes de tijolos. Em 1884, foi construído aquele que pode ser considerado “o primeiro arranha-céu” de aço e tijolos, apesar de ter apenas 10 andares (na época, isso já era muito): o edifício Home Insurance, em Chicago. A partir daí, virou competição: em 1931, Nova Iorque ganhou o primeiro arranha-céu com mais de 100 andares: o Empire State Building; e, em 1972, o World Trade Center. Dois anos depois, Chicago construiu a Sears Tower, que manteve o título de prédio mais alto do mundo até a conclusão do Taipei 101, em Taiwan, no ano de 2003. Atualmente, o troféu é Torre Dubai, nos Emirados Árabes, que, mesmo estando ainda em construção, já ultrapassou todos os outros arranha-céus do planeta. A expectativa é de que ela atinja 818 metros, quase o dobro do Empire State.
A Willis Tower, anteriormente conhecida como Sears Tower, é um arranha-céu localizado em Chicago, nos Estados Unidos, sendo o mais alto edifício da América do Norte desde 1974, quando foi inaugurado. Ultrapassou as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, que 1 ano antes já havia superado o Empire State Building, também em Nova York, como o mais alto edifício do mundo.
Construído pela Sears, Roebuck and Company, foi idealizado pelo arquiteto chefe Bruce Graham e o engenheiro de estruturas Fazlur Khan da Skidmore, Owings, & Merrill. A construção foi iniciada em agosto de 1970, alcançando antecipadamente sua altura máxima em 3 de maio de 1973. Ao ser concluída, a Sears Tower superou o World Trade Center ao tornar-se o mais alto edifício do mundo, tendo ostentado esse título por 24 anos, sendo superado em 1998 pela Petrona Twin Towers, em Kuala Lumpur, Malásia.
As Petronas Twin Towers ou Torres Petronas são dois arranha-céus edificados na cidade de Kuala Lumpur, Malásia pela construtora espanhola Acciona. Foi concluído em 1998, tem 88 andares e actualmente é o sexto edifício mais alto do mundo (pronto), com 452 metros.
As torres foram projetadas pelo arquiteto Cesar Pelli, configuradas por estrutura de aço e vedação em vidro, e desenhadas de forma a lembrar motivos encontrados na arte islâmica, um reflexo da herança muçulmana malaia. A estrutura básica, porém, foi um desenvolvimento do projeto de um edifício cancelado em Chicago. Também os bombeiros simularam uma situação de que uma das torres estava a pegar fogo e transferiram 15.000 pessoas duma torre para a outra pelo passadiço construído entre elas; uma maneira de mostrar como as Torres Petronas são resistentes.
O Taipei 101 é um arranha-céu de 101 andares, localizado em Taipei, Taiwan. O edifício, projetado por C. Y. Lee e construído por KTRT Joint Venture foi o arranha-céu mais alto mundo superando as Petronas Towers, na Malásia, em 2003, e sendo superado pelo Burj Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, em 2010 e pelas Abraj Al Bait Towers na Arábia Saudita em 2011. O Taipei 101 recebeu o prêmio Emporis Skyscraper em 2004. Foi considerado uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno (revista Newsweek, 2006) e uma das Sete Maravilhas de Engenharia (Discovery Channel, 2005).
O edifício fica como um ícone de Taipei, e de Taiwan como um todo. Seu estilo combina a tradição e modernidade da cultura asiática e internacional num único projeto. Suas características de segurança permitem-lhe suportar tufões e terremotos.
Abraj Al Bait Towers é um complexo de arranha-céu construído na cidade de Meca, naArábia Saudita. A torre do complexo é a mais alta da Arábia Saudita e uma das mais altas do mundo, com 601m de altura. Todas as sete torres do complexo estão agrupadas em um único edifício, e a sua área de construção é uma das maiores do mundo, com 1 500 000 m².
As torres também são conhecidas como Mecca Royal Hotel Clock Tower. O edifício detém vários recordes: o mais alto hotel do mundo, a mais alta torre de relógio do mundo, e o maior mostrador de relógio do mundo, a maior área coberta de um edifício, e o segundo mais alto do mundo, apenas ultrapassado pelo Burj Khalifa no Dubai. Fica apenas a poucos metros da maior mesquita do mundo e do local mais sagrado do Islão, o Masjid al Haram. O promotor e empreiteiro da obra é o Saudi Binladin Group, a maior empresa de construção da Arábia Saudita
O Burj Khalifa Bin Zayid anteriormente conhecido como Burj Dubai, é um arranha-céu localizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sendo a maior estrutura e, consequentemente, o maior arranha-céu já construído pelo homem, com 828 metros de altura. Sua construção começou em 21 de Setembro de 2004 e foi inaugurado no dia 4 de janeiro de 2010. O edifício faz parte de uma área de 2 km² em desenvolvimento, chamada "Downtown Burj Dubai", localizado no "First Interchange", ao lado das duas principais avenidas da cidade, a Sheikh Zayed Road e a Financial Centre Road (anteriormente conhecida como Doha Street). O arquiteto do edifício é Adrian Smith, que trabalhou com a Skidmore, Owings and Merrill (SOM) até 2006. A empresa de arquitetura e engenharia sediada na cidade de Chicago ficou encarregada do projeto. As primeiras empreiteiras são a Samsung Engineering & Construction, a Besix e a Arabtec. A Turner Construction Company foi escolhida para comandar o projeto.
O Modernismo no Brasil:
A Arquitetura moderna no Brasil foi a produção ocorrida no período 1930-1960. Recebe a influência direta do movimento moderno europeu e mais especificamente de Le Corbusier.
Aqui no Brasil podemos encontrar como exemplo de arquitetura moderna o Museu Oscar Niemeyer.
Falar em arquitetura moderna brasileira sem citar a cidade de Brasília é um lapso imperdoável. A cidade é a síntese de tal movimento e em sua concepção se encontram todos os princípios que norteiam os ideais de uma cidade moderna. Não somente na arquitetura de seus edifícios mas também em sua organização espacial. Desde 1987 a cidade tornou-se Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade,título concedido pela Unesco, exatamente por ser um ícone da arquitetura moderna.
PRINCIPAIS ARQUITETOS E OBRAS MODERNAS
Entre os arquitetos de destaque no Movimento Moderno
brasileiro estão Lúcio Costa, cuja obra e contribuição teórica são de grande
importância, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Attilio Correa Lima, os
irmãos Marcelo e Milton Roberto e outros.
O início dos anos 30 marca ainda o conflito entre o
neo-colonial, estilo dominante na arquitetura brasileira da época e o
Modernismo, que começava a ganhar espaço. Deve-se observar que o Estado teve
papel importante no processo de afirmação do Modernismo brasileiro, enquanto
patrocinador de obras que buscaram o Modernismo como símbolo de modernidade e
progresso.
A primeira obra moderna de repercussão nacional foi o prédio
do Ministério da Educação e Saúde – MES, cujo projeto foi realizado em 1936, no
governo de Getúlio Vargas, por uma equipe de arquitetos: Oscar Niemeyer,
Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos,
liderados por Lúcio Costa.
A imagem de modernidade e progresso que o prédio do
Ministério representava estava também vinculada aos ideais de inovação
pretendidos pelo Estado Novo - regime político autoritário que vigorou até
1945, quando da deposição de Vargas.
Apesar dos primeiros exemplares da Arquitetura Moderna no Brasil serem de autoria de arquitetos estrangeiros, é a Oscar Niemeyer que se atribui a "popularização" deste estilo. Após a eclosão do Movimento Moderno, este subdivide-se em várias tendências estilísticas. No Rio de Janeiro a fusão dos princípios Modernistas europeus com a herança nativa resulta em uma arquitetura de formas mais livres. É nesse aspecto que evidencia-se a originalidade de Oscar Niemeyer.
Abandonando o funcionalismo exagerado dos ideais Modernos, Oscar Niemeyer utiliza em suas obras formas curvas mais livres, que buscam a beleza, não sendo o resultado final da obra somente conseqüência de sua função. Tais características estão presentes no projeto para o Conjunto da Pampulha (1942-1943), em Minas Gerais, obra encomendada pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. Dentre outras obras deste arquiteto destacam-se, além dos famosos edifícios em Brasília, O Grande Hotel de Ouro Preto (MG, 1940), com o qual inicia uma série de obras governamentais em Minas Gerais, e o Parque do Ibirapuera(SP, 1951-1955).
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, MG, foi projetado por Oscar Niemeyer, sob encomenda do prefeito Juscelino Kubitschek, e construído entre 1942 e 1944.
Grande Hotel de Ouro Preto, Oscar Niemeyer
A construção do hotel foi concluída em 1944.
O Obelisco do Ibirapuera
Auditório Ibirapuera à noite
Conjuntos arquitetônicos do Parque do Ibirapuera
Além do Pavilhão Japonês, outras construções da época da
inauguração fazem parte hoje do conjunto arquitetônico do Parque:
O Palácio
das Indústrias, hoje Pavilhão Ciccillo Matarazzo, atual sede da Bienal de São
Paulo e do Museu de Arte Contemporânea (MAC);
O Palácio
das Nações, conhecido como Pavilhão Manuel da Nóbrega, que foi sede da
Prefeitura até 1992 e hoje abriga o Museu Afro Brasil;
O Palácio
das Exposições também chamado de Pavilhão Lucas Nogueira Garcez ou de Oca -
antiga sede do Museu da Aeronáutica e do Museu do Folclore;
O Palácio
dos Estados - atual Pavilhão Eng. Armando de Arruda Pereira, antiga sede
da PRODAM (Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São
Paulo);
O Palácio
da Agricultura - Até 2009 era a sede do DETRAN (Departamento de Trânsito do
estado). Foi construído inicialmente para abrigar a Secretaria da Agricultura.
Hoje encontra-se em reformas para abrigar futuramente o acervo do MAC - Museu
da Arte Contemporânea;
A Grande
Marquise - local onde está situado o Museu de Arte Moderna (MAM);
O Ginásio
de Esportes, o Velódromo (o primeiro existente no país) e o conjunto de lagos.
O Obelisco do Ibirapuera, símbolo da Revolução Constitucionalista de 1932, o
monumento de 72 metros de altura é também mausoléu dos estudantes MMDC.
O Monumento às Bandeiras, monumento em homenagem aos bandeirantes.
De construção mais recente podem ser citados o Viveiro
Manequinho Lopes, o Planetário e a Escola Municipal de Astrofísica. A última
construção concluída no parque foi o Auditório Ibirapuera (inaugurado em 2005),
edificação que constava nos planos iniciais do arquiteto, mas que não havia
sido executada.
Antes do auditório, concluiu-se o Monumento a Pedro Álvares
Cabral, de Pedro Morrone, por ocasião dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
A peça possui 5 metros em bronze, e seu pedestal em mármore mede 2 m x 1,80 m x
1,84 m.
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