Apesar de manter uma forte ligação com a religiosidade, a arquitetura grega se destaca pelo grande valor dado à razão. Em tudo que produziam e construíam, os gregos buscavam alcançar o máximo da perfeição por meio de cálculos matemáticos e geométricos, regras, proporções e perspectiva. As esculturas, a perfeição geométrica dos templos gregos, a organização e o planejamento das cidades gregas e seus teatros destacam-se no curso da história da arquitetura. Por tudo isso, e também pela beleza, a arquitetura grega é chamada de clássica. As construções gregas mais famosas foram feitas de mármore. Esse elemento começou a ser usado no século VI a.C., juntamente com técnicas de encaixe semelhantes às dos egípcios — que utilizavam madeira. Com o passar do tempo, após o domínio da confecção do ferro, os gregos substituíram o encaixe de madeira por encaixes e dobradiças de metal, dando mais resistência às suas estruturas.
Foto: Corel Stock Photos
Entre os gregos, podem-se identificar três ordens arquitetônicas clássicas: jônica, coríntia e dórica. Esta última tem como principal representante o famoso Parthenon, templo construído em homenagem à Atena, deusa da sabedoria. No Parthenon, pode-se observar o uso da técnica de êntase: as colunas das paredes do templo se deformam e inclinam levemente. Ironicamente, o objetivo dessa distorção é confundir o olho e criar a ilusão de que as colunas são perfeitamente retas.
A arquitetura romana foi bastante influenciada pelos gregos (templos, caráter realista, preocupação com o belo). Também foi direcionada pelo grande espírito guerreiro e prático dos próprios romanos. Suas conquistas eram celebradas com esculturas, monumentos, obeliscos e arcos de triunfo. Mas as principais marcas deixadas pelos romanos foram as estradas construídas em linha reta — para facilitar o deslocamento rápido das legiões de guerreiros — e os aquedutos para abastecer e desenvolver as colônias romanas espalhadas pelos territórios conquistados.
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Os arcos romanos destacam-se como elemento predominante na estrutura dos aquedutos. Graças a eles, era possível levar água para o abastecimento de praticamente qualquer lugar, superando diversas condições de terreno e declive territorial. A técnica de construção desses arcos não foi criada pelos romanos (os etruscos levam o crédito), mas eles a dominaram perfeitamente e levaram seu uso ao extremo, permitindo que se construíssem edificações muito altas.
Os romanos não habitavam um território quente o suficiente para a produção de tijolos crus de boa qualidade e não tinham acesso a pedreiras de mármore até conquistarem a Grécia. Portanto, precisaram buscar um outro tipo de material para usar em suas construções. A solução encontrada foi o opus cementicium, uma mistura de areia vulcânica com calcário e ladrilhos quebrados, um “ancestral” do cimento. Com essa massa, eles conseguiram construir estruturas monumentais, como a cúpula do Panteão, que tem 43,2 m de altura e nenhum pilar de sustentação.
O Panteão Romano, cuja cúpula só foi possível consstruir graças ao opus cementicium.
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